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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Bergoglio, uma decepção

A primeira exortação apostólica de Jorge Bergoglio confirmou as minhas suspeitas. Eu já vinha atento aos pronunciamentos dele, mas sempre me permitia restar a esperança de que o que ele de fato havia dito tinha sido deturpado pela mídia. Agora, não dá mais para manter a self-delusion. Ai que saudade de Joseph Ratzinger, que só nos dava orgulho! Quando da Sé Vacante, torci com todas as minhas forças pela eleição de Dom Odilo Pedro Scherer, menos por ele ser brasileiro (característica que NÃO é desimportante do ponto de vista estratégico, afinal o Brasil é o maior país católico do mundo — #ChoremEsquerdistas), do que pelo fato de que eu sabia que se tratava de uma pessoa em quem era possível depositar alguma confiança, ao contrário de vários dos outros cardeais, a exemplo do próprio Bergoglio, que poderiam representar uma caixinha de surpresas (e, no que diz respeito ao assunto da importância da escolha de um Papa, surpresas podem significar grandes problemas). 

Bergoglio teria feito muito bonito, se tivesse se limitado aos assuntos que dizem respeito à Igreja Católia, ou seja: a moral e a ética. Teria feito muito bonito se tivesse condenando a ganancia desmedida que passa por cima de valores éticos, gerando situações nas quais o lucro é obtido através da corrupção, ou mesmo de outras formas imorais (embora muitas vezes legais), como é o caso dos vários golpes dados por altos agentes do mercado financeiro internacional, a exemplo de George Soros (que — Coincidência! — é patrocinador de várias agendas esquerdistas, através de doações do seu dinheiro sujo para ONGs). Enfim, teria feito bonito de tivesse cumprido seu papel de pastor de CONSCIÊNCIAS.

Mas, desafortunadamente, Bergoglio não foi capaz de perceber o limite e a responsabilidade do cargo que ele ocupa na sociedade e saiu se aventurando por campos os quais ele, obviamente, não domina. Em que pese o fato da doutrina católica afirmar que o LIVRE ARBÍTRIO foi dado aos seres humanos pelo próprio Criador, o atual chefe da cúria romana resolveu condenar A LIBERDADE EM SI MESMA:
"Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras."
A despeito da "openeão" de Bergoglio de que os dois maiores males do mundo são o liberalismo (o qual ele chama de "ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados") e a especulação financeira, os fatos são:
01) Os países do mundo com maior índice de liberdade econômica são também os países nos quais os mais pobres possuem a melhor remuneração (em comparação com a mesma faixa econômica de outros países), possuem maior poder de compra, possuem mais saúde e segurança. Todos esses atributos se refletem no chamado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Portanto, os países com maior liberdade econômica são os países que possuem melhor IDH (segundo medições de trocentas mil instituições internacionais, entre elas a Heritage Foundation). Além de tudo isso, até mesmo no quesito esquerdista "distribuição de renda", os países com maior liberdade econômica vencem. Portanto, afirmar que "ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados" são responsáveis pela pobreza é EXATAMENTE O OPOSTO DA REALIDADE. Os ideais responsáveis pela pobreza, pela fome E PELA CONCENTRAÇÃO DE RENDA são exatamente aqueles que advogam a opressão estatal à liberdade individual, os ideais nascidos das ideias pérfidas de Karl Marx e John Maynard Keynes.
02) Ao mesmo tempo, somente um total ignorante em economia poderia taxar a especulação financeira como uma instância nefasta. No Brasil, o discurso esquerdista hegemônico criminalizou tudo que diz respeito ao livre mercado. A especulação financeira, na qualidade de motor do livre mercado, é tida como uma extensão dos poderes do próprio Lúcifer. Assim, o brasileiro médio, em sua profunda ignorância e alienação, não compreende o funcionamento do mercado financeiro e o demoniza, ao passo em que o americano médio (por exemplo, mas não só ele) conhece muito perfeitamente o funcionamento de tal mercado e LUCRA com ele, investindo suas economias de forma a fazê-las se multiplicareem mais rápido. O brasileiro (repito: por ignorância e burrice) permanece atrelado às pesadas correntes estatais, até mesmo na hora de investir as economias pessoais: o investimento preferido do brasileiro é a "caderneta de poupança", que, como é arqui-sabido, possuí rendimento inferior à inflação real. Assim, na prática, além da escorchante taxa de imposto (o brasileiro é usurpado de 40% de seus rendimentos, o que já é suficiente para classificar o Brasil como um país comunista), o cidadão ainda DÁ mais dinheiro para o governo, ao realizar um investimento que mês após mês gera resultado negativo comparado com a inflação real (sim, a diferença que cada um perde vai parar nas mãos do governo para, em seguida, ser desviada em escândalos como o Mensalão e tantos outros). Será que não já passou da hora do brasileiro parar de choramingar do capitalismo e aprender a tirar vantagem dele???
Sobre a especulação financeira, devemos lembrar também que, a despeito de ser demonizada pela mentalidade média no Brasil, ela é, em verdade, o grande motor do desenvolvimento e o motivo de enriquecimento real dos mais pobres. Quem tiver dificuldade de entender isso pode fazer uso de um exemplo prático como ferramenta facilitadora. O mercado financeiro permite que empresas consigam capital para materializar as ideias que surgem na cabeça dos empreendedores. É assim que, digamos, a Apple arranja dinheiro para desenvolver e começar a produzir, digamos, o iPhone. Quando um produto novo é lançado, está embutido no preço final dele o valor que corresponde à parcela do capital que a empresa conseguiu no mercado financeiro para desenvolver aquele produto. Depois que a empresa salda essa dívida, ela pode vender o mesmo produto por um preço muito inferior. E a medida que as linhas de produção vão se desenvolvendo, o preço do produto vai caindo ainda mais. 

Quando os telefones celulares surgiram nos Estados Unidos, na década de 1980, eram aparelhos que custavam mais de 10 mil dólares (além de serem enormes e pesados, na verdade os primeiros celulares móveis possuíam a forma de uma mala), somente os extremamente ricos podiam se dar ao luxo de possuir um. Com o passar o tempo, aparelhos foram se barateando e se tornando cada vez mais acessíveis às camadas mais populares. É seguindo essa lógica que hoje mesmo as pessoas mais pobres possuem facilidades que eram INIMAGINÁVEIS para até mesmo os reis de 500 anos atrás. Graças ao capitalimo, ao livre mercado, ao mercado financeiro e à especulação, mesmo pessoas pobres podem dispor de facilidades tais quais geladeira, máquina de lavar roupa, notebooks e, agora, tablets. A cada dia o avanço tecnológico lança novos produtos e as linhas de produção em série fazem os produto que não mais são novidade se popularizarem. Assim, advogar a extinção do mercado de valores é o mesmo que advogar o fim do avanço tecnológico que tem conferido tantas benesses e tem salvado tantas vidas humanas (não estamos falando apenas de produtos eletrônicos, incluam na lista itens como PENICILINA). Graças às inovações custeadas pelo mercado financeiro, hoje existem no mercado aparelhos celulares que custam até mesmo a ninharia de 30 dólares (o que é 0,003 do preço inicial), sendo um serviço disponível (mesmo em um país tecnologicamente atrasado, como o Brasil) até para as camadas menos abastadas da população. 

Aqui entramos em outro ponto que está relacionado às colocações de Bergoglio. Por que o Brasil é tecnologicamente atrasado? Um dos principais motivos é que não existe capital disponível no mercado para investir em desenvolvimento tecnológico e quem causa isso é EXATAMENTE as ideologias de estatistas (marxistas e keynesianas) defendidas na exortação apostólica de Bergoglio. Como a dívida do governo é muito grande (a dívida interna está atualmente em 3 trilhões de dólares e crescendo para custear as bolsas, o funcionalismo público do Estado inchado e o BNDES que salvaguarda os empresários amigos do Partido), funciona como verdadeiro dreno de capital (qualquer economia vai parar nas mãos do governo e não nas mãos das empresas que poderiam usá-la para se desenvolver). Assim, o mesmo esquema que oferece bolsa-família para compra de votos, ao mesmo tempo funciona para impedir a criação de empregos qualificados com salários dignos (uma vez que as empresas não têm acesso a nenhum capital, não conseguem se desenvolver, não são criados empregos, o que estagnam o mercado de trabalho e causa, como efeito colateral, salários reduzidos), mantendo o Brasil sempre no fim da fila do desenvolvimento tecnológico. Tal processo gera uma reação em cadeia, porque o Brasil é obrigado a comprar tecnologia dos países desenvolvidos, o que mantem as empresas nacionais sempre alguns anos (décadas) de atraso em relação ao resto do mundo.

O que está explicado acima é apenas um esboço de alguns dos motivos pelos quais Bergoglio etá EXTREMAMENTE equivocado ao condenar o livre mercado e advogar em prol da intervenção estatal. No que foi dito até aqui, a explicação versa somente sobre os motivos econômicos. Há ainda os políticos. Quando a sociedade confere demasiado poder ao Estado, há a tendência a criação de governos totalitários. Quando aqueles que detém o poder político são os mesmos que detém o poder econômico (como é o caso do comunismo), essa casta é alçada a uma condição de semi-deuses e passam a ter capacidade (política) para a criação de eventos bem pouco cristãos, como o Holodomor, por exemplo. Todos os regimes totalitários (regimes em que a esquerda conseguiu o poder absoluto, sem oposição) são baseados em ideias que advogam o controle da economia pelo Estado, foi assim tanto no comunismo, quanto no Fascismo, quanto no Nazismo. 

A própria configuração política atual faz com que os Estados advoguem para si mesmos o poder para arbitrar sobre as economias. E, justamente por causa disso, os cidadãos PRECISAM colocar limite a essa sanha de controle, sob risco de serem esmagados pelo Leviatã que eles permitiram que fosse criado. A proposta de Bergoglio é "catequizar" os católicos para que esses não só aceitem ter suas liberdades ceifadas, mas que também acreditem que "é para seu próprio bem". Não vou me arriscar afirmar que o Papa Francisco seja um infiltrado. Prefiro acreditar que ele é mais uma vítima do gramscismo e da epidemia de burrice que alcança proporções mundiais. Não é que faltem indícios, mas aventar a outra possibilidade encheria meu coração de desesperança. Se ainda houver tempo, que os católicos se manifestem para que a formação básica necessária para integrar a cúria tenha, ao lado das aulas de teologia, noções (pelo menos as básicas) de economia. Essa é, talvez, a única forma de evitar que um Sumo Pontífice nos decepcione, nos faça passar tanta vergonha e endosse a ação dos inimigos da Igreja e da Civilização, como acabou de fazer Bergoglio.
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um arremedo de filosofia para justificar a inveja

O marxismo não quer e nunca quis gerar riqueza ou melhorar o padrão de vida das pessoas. O marxismo não passa de uma linha de pensamento criada para justificar e enaltecer dois dos piores defeitos que podem acometer um ser humano: a inveja e o ressentimento. Essa verdade auto-evidente acabou de ganhar mais uma comprovação empírica: a reação que as pessoas que se autoproclamam "de esquerda" tiveram a um projeto de lei que foi votado na Suíça. A lei queria limitar os salários no setor privado de lá (proposta que já vem sendo aventada também pela esquerda brasileira, sob a justificativa de que "se há um salário mínimo, então também tem que haver um salário máximo", na típica estratégia esquerdista de cometer erros em série justificando os erros que eles querem alcançar com os erros que eles já alcançaram).

Na Suíça, a mendacidade foi rechaçada por 65,3% dos cidadãos, mas a esquerda de outros países (inclusive do Brasil) entrou em orgasmos múltiplos com a mera possibilidade de de uma insânia desse cariz chegar a ser votada. Leonardo Sakamoto, colunista da cartilha sócio-gramsciana que leva o nome de Folha de São Paulo, foi responsável por publicar a enquete que sondou o grau de receptividade do povo brasileiro a esse tipo de iniciativa. Gravem o que estou dizendo: tão certo quanto 2 e 2 são 4, muito em breve lei semelhante será votada em terras tupiniquins. Confiram o que nos espera:


Separei aqui dois comentários dos seguidores do blogueiro nipo-beócio para ilustrar o nível de deformação da mentalidade da população a que a chegamos através da imposição de ideias marxistas em sala de aula. Antes de prosseguir, respirem fundo:





Em verdade, não fico admirado que essas pessoas escrevam esse tipo de comentário de forma tão sem cerimônia, expondo a própria burrice em público. Além de terem sido doutrinados desde a mais tenra infância, seguem um deformardor de opinião, versado nas artes da mentira, da deturpação e da confusão. Observem abaixo um trecho do texto de Sakamoto que eles leram e no qual comentaram:


Eu fico me perguntado se esse tipo de colocação é fruto de burrice ou de maucaratismo! Executivos receberam ajuda de governos (?????) para que suas empresas não quebrassem???????? Executivos não possuem empresas! Quem possui empresa são os EMPRESÁRIOS, que são os donos dos meios de produção. Executivos são PROLETARIADO, são trabalhadores que vendem sua força de trabalho para as empresas. Portanto quem recebeu a ajuda dos governos foram os empresários, os donos das empresas, não os executivos. 

Como eu venho frisando já há algumas postagens, a esquerda brasileira, por completa falta de quem lhes faça oposição e lhes cobre um mínimo de coerência e consistência, já chutou o pau da barraca há muito tempo. Seus porta-vozes se dão ao luxo de escrever e falar qualquer tipo de loucura, convictos que estão de que o povão ignorante e burro não terá ferramentas para discernir e para compreender o grau de confusão que estão propagando. Ou isso, ou o próprio Leonardo Sakamoto é tão burro que nem mesmo é capaz de compreender o fundamento mais elementar da teoria que ele defende publicamente com todas as suas forças: a oposição entre os que detém os meios de produção e os que trabalham para aqueles.

Conforme acontece nesses tempos de redes sociais, os textos publicados pelos ícones midiáticos são compartilhados e comentados em instancias como o Twitter e o Facebook. A página feicibuqueana esquerdista "Movimento Pró-corrupção" (esses, pelo menos, tiveram a hombridade de adotar um nome coerente com sua proposta e não ficar se escondendo atrás de falsas promessas) consultou seus seguidores sobre o que eles pensam da proposta suíça. Confiram o que "pensam" os ilustres seguidores da página:


Ao perguntar "quem mete a mão na massa de verdade", o cidadão está expondo que ignora completamente a existência de uma coisinha insignificante chamada trabalho INTELECTUAL. Na cabeça desse animal, todas as pessoas nascem sabendo projetar motores, carros, tablets e softwares, e, se nem todos os estão projetando, é porque alguns foram impedidos de fazê-lo pelo... capitalismo. Esse comentário seria hilário, SE não refletisse com exatidão o mesmo conteúdo das caixas cranianas de milhões e milhões de brasileiros. Mas pode piorar, confira a matemática progressista do mestrado em Ciências Contábeis e doutorado em Economia, abaixo:


Entenderam? Sempre a mania marxista de querer arbitrar sobre a vida alheia e querer determinar, não só quanto cada pode ganhar, mas também quanto cada um pode GASTAR.

O melhor, eu guardei para o final:


Luis Felipe, lesionado para sempre pela alfabetização sócio construtivista, passou longe de compreender o conteúdo do texto que ele leu e entendeu erroneamente que a lei queria limitar o salário de políticos, O QUE, POR SINAL, SERIA UMA EXCELENTE IDEIA, afinal políticos não produzem nada de útil para a sociedade e a grande maioria (quase totalidade) se envereda na vida política exatamente por falta de habilidade para dedicar a própria existência a qualquer fim que seja produtivo e útil.  É o caso de Luis i-Néscio, cuja fama de burro e ignorante o alçou ao píncaro do poder republicando, através de mensagens de marketing (criadas por publicitários cujos salários jamais serão limitados por nenhuma lei) que induzem o povão igualmente burro e ignorante a vê-lo como "gente como a gente". Nesse contexto, eis que surge Mauro Roberto, concluindo que a limitação dos salários no setor privado é "melhor ainda".

O resumo do coreto é que, se alguma dessas pessoas estivesse preocupada em resolver os problemas que assolam o mundo, tais quais pobreza, doença e fome, estariam empenhadas em ELEVAR os salários dos trabalhadores que ganham mal, JAMAIS diminuir os salários dos que ganham bem, puxando todo o conjunto para baixo. Aliás, é a famosa a frase de que o grande sucesso do socialismo é acabar com a desigualdade, tornando todos igualmente miseráveis. Vou concluir repetindo o que afirmei no início: o marxismo é uma teoria que advoga democratização da penúria para justificar a inveja que pessoas ressentidas possuem dos que, por esforço próprio, conseguem extrair mais da vida do que elas mesmas.

Leia também: Marxismo, um pretexto para psicopatas
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domingo, 24 de novembro de 2013

Tudo que seu professorzinho do méqui não lhe ensinou sobre... negritude, escravidão e racismo

O brasileiro médio jamais para para refletir a questão "por que negros foram escravizados no intervalo de tempo entre os séculos XV e XIX?" e a lacuna deixada pela inexistência dessa reflexão é ocupada na mente dessas pessoas por uma gosma disforme de significados extraídos de discursos que não fazem absolutamente nenhum sentido, mas são criados apenas para colocar seus receptores em um estado emocional específico. Esse simulacro de raciocínio é construído pela mídia impressa, pelas novelas da rede Globo, pelas instituições ditas "de ensino", todas elas instâncias dominadas por esquerdistas (aqui cabe lembrar que a mente é como um pedaço de terra fértil, se não for jardinado todos os dias, se seu dono não fizer valer todos os dias seu direito de escolha do que pode e do que não pode crescer em seu pedaço de terra, rapidamente toda a extensão do terreno — e da mente — será ocupada por erva daninha).

O pathos geral aceito pela sociedade é que pessoas oriundas do continente africano foram escravizadas no Brasil porque tinham a pele escura. O que é, obviamente, um disparate completo. É muito fácil desmontar essa mendacidade, basta se reportar à História anterior ao século XV. Durante milênios de registros históricos há várias ocorrências de nações inteiras que foram escravizadas e A GRANDE MAIORIA DELAS ERA COMPOSTA POR PESSOAS DE PELE BRANCA. Judeus brancos foram escravizados por egípcios, "ucranianos" bárbaros foram escravizados por romanos, gregos e persas escravizaram vários povos e todos eles eram compostos de indivíduos de pele BRANCA. A própria História da humanidade é a História de grupos humanos lutando para dominar ou se libertar do domínio de outros grupos.

A ditadura do politicamente correto, ao repetir o mantra "os negros foram vítimas da escravidão", sem deixar claro, por exemplo, que a maioria dos negros que foram tornados escravos foi escravizada por OUTROS NEGROS, trabalha para estabelecer um consenso social no qual a consequência lógica de que, SE "os negros" foram "vítimas", ENTÃO "os brancos" foram os "algozes". Ninguém nunca vai ouvir o movimento negro ou a mídia dizer "ALGUNS negros foram vítimas da escravidão, mas OUTROS TANTOS lucraram com ela". Muito menos "se houve negros que foram escravizados, quão maior não foi o número de brancos que foram IGUALMENTE escravizados". A ideia é repetir o enunciado "os negros foram vítimas da escravidão" até que as mentes se aprisionem em uma realidade paralela na qual "negros são vítimas dos brancos, porque o fato de alguém ter a pele negra o torna, automaticamente, inocente e bom, ao passo que possuir a pele branca é motivo para tornar alguém pervertido e mau".

Esse tipo de "raciocínio", além de ser pernicioso em si mesmo, principalmente por se basear em falseamentos da realidade, induz a outros erros de raciocínio, ao tomar como pressuposto uma mentalidade COLETIVISTA. Para ficar mais claro o que estou afirmando nesse ponto, usarei um dos comentários que foram feitos ao lado da imagem publicada na página para abordar a questão da escravidão. Um cidadão, cuja massa encefálica foi visivelmente liquefeita pelo sócio construtivismo, se utilizando de ironia barata, escreveu: "Tão bonzinho o homem branco". Percebam que tal comentário é exatamente a materialização de todos os processos que foram descritos até aqui. Uma colocação desse tipo, obviamente, não faz nenhum sentido (nem mesmo o sentido que seu autor imagina estar emitindo), uma vez que o coletivo "homem branco" não pode ser nem "bonzinho" nem "mauzinho", exatamente porque é composto de uma infinidade de INDIVÍDUOS, entre os quais alguns são bons e outros são maus. 

De uma forma ou de outra, não há nenhuma relação de continuidade entre a fibra moral de um individuo e a cor de sua pele. Essa relação é apenas uma mera falácia espertamente construída por intelectuais orgânicos, para fazer a massa ignorante aceitar a agenda esquerdista. Além disso, antes que alguém se permita fazer um julgamento moral tão infeliz, é preciso compreender que a ideia de "humanidade", como a instância superior que abarca TODOS os grupos humanos é relativamente recente. Ideias como a de que um ser humano possui determinados direitos apenas por ser um ser humano são mais recentes ainda. Se nos livrarmos da mentalidade moderna e olharmos para a História entendendo as vicissitudes que assombravam os homens de épocas anteriores, poderemos compreender que, em um mundo primitivo, sem as instâncias sociais das quais gozamos hoje (e sem o desenvolvimentismo da política internacionalista moderna), o ato de escravizar chegava a ser uma necessidade de sobrevivência de cada grupo. Uma vez que se o grupo não fosse capaz de impor sua estrutura de poder ao grupo com que ele se relacionava, com certeza sofreria a imposição da estrutura de poder dele.

Nesse contexto, ao longo do primeiro milênio de nossa época, o cristianismo estabeleceu uma espécie de "cimento cultural" que, de certa forma, pacificou a Europa. Como todos os grupos oriundos do continente europeu partilhavam o lastro de sua própria cultura (a religião cristã), a compreensão que esses grupos tinham por "nós" se expandiu para comportar os grupos imediatamente próximos a eles. Não que as guerras tivessem cessado de uma hora para outra, mas a criação de determinadas estruturas sociais fez com que não mais fizesse sentido que um cidadão de uma cultura cristã escravizasse o cidadão de outra cultura igualmente cristã. Dito de outra fora, em dado momento, o entendimento que os povos europeus tinha da ideia de "nós" que antes significava "nós que pertencemos a uma tribo de 1.000 indivíduos" se expandiu até alcançar o tamanho de "nós que somos europeus cristãos". Os habitantes do resto do mundo ainda eram os "eles", ainda não era reconhecidos pela cultura dominante como "semelhantes em humanidade". 

Assim, desde o fim do Império Romano que a prática da escravidão havia entrado gradualmente em desuso na Europa. Mas, ao alcançar a África subsaariana, os europeus encontraram um continente no qual o cristianismo não havia penetrado, ou seja, no qual as tribos guerreavam entre si e se escravizavam umas às outras. No que diz respeito ao que hoje nós chamamos de "Direitos Humanos", a África estava culturalmente atrasada milênios em relação à Europa. Como a concepção de "nós" do europeu não abarcava os povos não-cristãos e como esses povos se escravizavam uns aos outros, então pareceu perfeitamente cabível à maioria dos europeus que eles poderiam lançar mão da instância "escravidão humana" (que, de uma forma ou de outra, já estava sendo praticada no continente africano) para servir a seus próprios interesses.

A compreensão dos processos acima descritos faz cair por terra a outra coluna de sustentação da mentalidade mantida pelo brasileiro médio sobre a questão da "negritude, escravidão e racismo", que é a ideia de que o povos africanos foram escravizados porque possuíam a pele negra. NÃO HÁ NENHUMA relação de continuidade entre o fato desses povos terem a pele negra como fato deles terem sido escravizados pelos povos de pele branca. É trivial e fortuita a condição de que povos de diferentes continentes tenham cores de pele diferentes. Os motivos que levaram os europeus a escravizarem os africanos foram:
01) O estado de desenvolvimento da mentalidade dos povos europeus, na época, não os fazia reconhecer povos não cristãos como "nós" (e não há nenhum problema nisso, uma vez que se observarmos globalmente, podemos perceber que todos os outros grupos humanos tinham seu próprio conceito de "nós" e todos eles eram ainda mais restritos do que o conceito alcançado pelo europeu do século XV).

02) Os povos asiáticos eram culturalmente e tecnologicamente tão desenvolvidos quanto os europeus, o que obrigou os europeus a respeitá-los em um grau que a primitividade tecnológica dos africanos e americanos não permitiu. Sobretudo no que diz respeito aos africanos (com a exceção do norte da África, que tinha sido aculturado pelos muçulmanos) as línguas ao redor das quais seus grupos humanos se organizavam eram ÁGRAFAS, ou seja, eram línguas sem escrita. A escrita é a condição necessária para que haja desenvolvimento tecnológico. É a escrita que permite que haja acumulo de conhecimento pelo processo do legado civilizacional. Embora houvesse na África subsaariana impérios capazes de gerar até mesmos concentrações populacionais relativamente volumosas ("cidades grandes" — como é o caso, por exemplo, do Mali e do Dahomé), a cultura desses impérios era primitiva, eles não possuíam literatura, nem filosofia, e tecnologia menos ainda. Eram impérios erguidos em cima de culturas tribais que vivam no "tempo circular da oralidade". O europeu, de forma completamente compreensível, via o homem proveniente de tais culturas como inferior. Portanto, porque não se aproveitar do trabalho mecânico deles, da mesma forma como se aproveitavam da força mecânica do gado que gira o moinho? (lembre-se que as travas que nos impedem de fazer isso hoje simplesmente não existiam na mente dos europeus, portanto não se trata de uma discussão moral, já que os parâmetros morais com os quais atualmente julgamos a instância "escravidão" ainda não tinham sido desenvolvidos).

Há casos de um ou outro japonês que, na época, tenha sido trazido, por europeus, para a América, como escravos, mas o próprio grau do desenvolvimento cultural e tecnológico desses povos impedia que o número de indivíduos escravizados oriundos dessas culturas fosse comparável ao número de africanos. Portanto, se os africanos foram escravizados, tal processo não foi induzido pela cor de sua pele. Se os africanos foram escravizados em massa por europeus o motivo pelo qual isso aconteceu foi o mesmo motivo que provocou a escravidão de TODOS os povos que foram escravizados na História da humanidade: o povo escravizado era culturalmente, tecnologicamente e/ou militarmente INFERIOR ao povo escravizador.
O que é e como surge o racismo

Feitos os esclarecimentos acima, finalmente podemos ter mais clareza sobre uma questão que é uma das mais deturpadas pela burrice que reina absoluta nas caixas cranianas dos brasileiros, o chamado "racismo". Segundo a versão vendida a granel nas novelas da rede Globo o racismo é uma espécie de deformidade moral causada pela maldade subjacente ao ser humano de pele branca e da qual as únicas vítimas são os seres humanos de pele negra, os quais possuem uma bondade inerente que lhes impossibilita de praticar qualquer tipo de discriminação baseada na cor da pele, mas apenas estão sujeitos a sofrer esse tipo de discriminação. Afora o caráter maniqueista dessa falácia, trata-se de um raciocínio fruto de confusão e que causa mais confusão ainda. Para sermos capazes de desatar tal nó, precisamos antes entender o que é "discriminação" e o que é "preconceito".
01) Discriminação é a ação de diferenciar. A discriminação nasce da capacidade que o ser humano tem de fazer ESCOLHAS. Uma pessoa que, na hora do almoço, opte por não se servir de churrasco, mas coloque no prato um pedaço de tofu praticou a DISCRIMINAÇÃO contra o churrasco. Discriminar não é uma atitude imoral, pelo contrário, é uma atitude inerente ao ser humano. Durante o curso de nossas vidas, estamos constantemente discriminando, inclusive pessoas. Afinal, é humanamente impossível nos relacionar com TODAS as pessoas do planeta, então nós escolhemos algumas pessoas com as quais nos relacionaremos (as que ficaram de fora dessa escolha foram discriminadas) e mesmo dentro desse grupo, nossa atenção é repartida de forma desigual. Algumas pessoa pelas quais guardamos maior predileção recebem mais atenção e outras menos, na proporção direta dos nossos valores, daquilo que consideramos importante ou daquilo que nos agrada (isso também é discriminar). A palavra discriminação foi tão martelada pela mídia nos últimos anos que ganhou uma conotação pejorativa, mas conforme pode compreender quem entendeu a explicação acima não há nada de errado em discriminar.

02) Preconceito é o conceito que temos sobre determinado objeto, fato ou situação de forma prévia ao momento em que experimentamos esse objeto, fato ou situação. Todos nós temos preconceitos e, sem eles, a vida seria simplesmente impossível. Alguém que nunca tenha experimentado comer peixe cru pode ter uma reação de ojeriza ao mero pensamento de fazê-lo, sem nem mesmo ser capaz de imaginar o gosto que tem a iguaria e, portanto, sem de fato saber se esse gosto agrada ou não ao seu paladar. Essa é uma reação de preconceito. Cada ser humano tem seu próprio limite em relação a experimentar o novo e esse limite tende a ser mais restrito à medida que envelhecemos. Aquilo que não experimentamos enquanto novos vai se tornando cada vez mais difícil que experimentemos enquanto vamos avançando nos anos. Os preconceitos são gerados a partir de experiências que nossa estrutura psicológica considera "semelhantes" à experiência sobre a qual estabelecemos um conceito prévio ou por determinadas ideias com as quais entramos em contato e que as acatamos como justas, pertinentes ou verdadeiras. Sobre o preconceito gerado por experiência semelhante, podemos dar o exemplo da situação em que um indivíduo não queira viajar para o Mato Grosso. Em dado momento da vida dele, ele esteve em uma cidade desse estado, foi destratado e ele acredita que a situação vai se repetir se ele retornar lá. Assim, com base em uma experiência passada, ele diz "mato-grossenses são mal-educados". Percebam que a experiência humana não é capaz de reagir de forma independente a cada uma dos elementos do conjunto "mato-grossenses", até porque nenhum ser humano é capaz de conferir por si só o grau de educação de cada mato-grossense que existe. Assim, resta se reportar à experiência passada e extrair dela o pathos geral que será atribuído às possíveis ocorrências futuras da mesma experiência. Da mesma forma que a palavra "discriminar" a palavra "preconceito" sofreu todo tipo de deturpação semiótica, não há nada de errado com aquilo à qual ela se refere e, na verdade, a vida seria inviabilizada se só pudêssemos formular conceitos à posteriori.
Os mecanismos envolvidos na ação de discriminar e os "conceitos prévios" (pré-conceitos) são a base do chamado "racismo". Racismo é a ação de discriminar alguém com base no critério de raça. Embora a lei escrita afirme que o racismo é proibido, de fato o que é proibido é a "comunicação do racismo". É simplesmente IMPOSSÍVEL impedir que as pessoas se baseiem no critério de raça para estabelecer suas escolhas pessoais, porque não somos capazes de saber em qual critério alguém se baseou para estabelecer uma repulsa a um objeto, fato, circunstância ou outra pessoa. Alguém pode considerar que pessoas negras são feias e passar a vida toda sem namorar com nenhum negro (o PT ainda não criou uma lei que obrigue que cada brasileiro destine uma percentagem do número de relacionamentos que ele teve na vida para ser preenchida por relacionamentos com pessoas negras, embora eu não devesse estar apontando essa lacuna aqui, para não dar a ideia). Alguém que não se sinta atraído por pessoas de uma determinada cor da pele e, por conta disso, não estabeleça enlaces amorosos com pessoas desse tipo está, de fato, praticando o racismo, mas é um tipo de prática de racismo que (sem a lei imaginada acima) simplesmente não pode ser punido. Contudo, se essa pessoa confessasse esse "movimento interno de sua alma" (que considera que pessoas de determinada cor de pele não são atraentes) em um texto impresso em um jornal de grande circulação, com certeza receberia algum tipo de punição do Estado. Da mesma forma, um gerente de R.H. poderia tranquilamente não contratar alguém com base na própria aversão por pessoas negras, desde que esse motivo não fosse comunicado e ficasse restrito ao seu mundo interno, ou compartilhado apenas com pessoas de sua confiança. Se esse gerente de R.H., no entanto, for responsável por uma equipe maior do que 10 pessoas, e não tiver nenhum negro na equipe, nesse caso correira o risco de ser acusado por algum movimento negro de "discriminação", pois o movimento alegaria que o fato da composição étnica da equipe de trabalho não refletir a proporção da composição étnica da população brasileira não é fruto do acaso, mas sim fruto do racismo de quem realiza o processo de seleção.

Aqui, entramos no cerne da questão do racismo: por que alguém haveria de não gostar de negros? De onde nasceria a "concepção prévia" (preconceito), existente na cabeça de um gerente de R.H., que o levasse a acreditar que uma pessoa negra não possua habilidades tão bem desenvolvidas quanto uma pessoa branca? Esse preconceito tem origem no mesmo ponto que origina TODOS os preconceitos que existem no mundo: as experiências anteriores, mas no caso do preconceito contra negros há alguns pormenores. Vamos esclarecê-los:

Em todos os lugares do mundo há preconceito contra imigrantes. Em geral, os grupos que já estavam em determinada localidade tendem a torcer o nariz para os grupos que chegam depois. Isso acontece porque uma pessoa não deixa a localidade na qual estão suas raízes, a não ser que esteja passando por dificuldades. A título de ilustração, vamos estudar o preconceito de sulistas contra nordestinos. A parcela da população nordestina que deixa o nordeste e migra para o sul é, por definição, aquela que está fragilizada, em situação de miséria. A elite da sociedade do nordeste está bem instalada e protegida, raramente deixará seu local de origem para morar no sul. 

Assim, toda vez que um sulista vê um imigrante nordestino, ele vê alguém que, necessariamente, pertence ao grupo dos menos instruídos, menos cultos, menos educados dos nordestinos. A repetição dessa experiência leva a mente dos sulistas (aqueles que sejam tacanhos o suficiente para desconhecer a vasta colaboração que muitos nordestinos deram para a cultura do país) a associar o próprio sotaque do nordeste à falta de cultura, de instrução e de escolaridade (esses sulistas, ignorantes a seu próprio modo, simplesmente desconhecem que há milhares de pessoas no nordeste que falam com o sotaque típico da região E concordam o número do artigo com o plural do substantivo). Esse é, em linhas gerais, o processo de onde nasce o preconceito contra imigrantes. Dependendo da situação inicial, esse tipo de preconceito pode sobreviver por décadas ou até mesmo séculos dentro de uma cultura. E é um processo tão poderoso que não respeita a condição econômica. Para ilustrar isso, podemos citar o preconceito que a família Kennedy, apesar de riquíssima, sofria dentro da sociedade americana, por conta de sua origem irlandesa. Como havia (embora tenha enfraquecido, ainda há) um forte preconceito na sociedade americana (em sua maioria protestante) contra os irlandeses (católicos), mesmo detendo o poder econômico, os integrantes da família Kennedy não conseguiam adentrar determinados grupos sociais. (Espero que o leitor já tenha se dado conta de que todos os sofrimentos vendidos pelo mimimi do movimento negro como fruto da perseguição de brancos contra negros, na verdade, acometem muito democraticamente a diversos grupos humanos e não respeitam nem cor de pele, nem situação econômica).

Obra do pintor orientalista austríaco,
Ludwig Deutsch (1855 - 1935),
retratando um soldado de um dos
 reinos da África moura. 
No caso dos negros, eles não vieram para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas foram obrigados por instâncias de poder superior. O mero fato de, na qualidade de imigrantes (forçados, que seja), não dominarem a língua local e outros aspectos culturais, é suficiente para gerar um processo de discriminação e preconceito nos moldes do que foi explicado acima. Mas havia o agravante de que a grande maioria dos negros que aqui aportavam eram oriundos (conforme já foi dito) de sociedades que, de fato, eram culturalmente e tecnologicamente muito inferiores à sociedade brasileira. Aqui cabe um parentese para abordar o preconceito que havia entre os próprios negros. Como o norte da África foi invadido pelos muçulmanos, as sociedades dessa localidade receberam uma injeção muito grande de cultura e tecnologia proveniente do legado civilizacional mouro. Muitos negros oriundos do norte da África detinham conhecimentos como por exemplo matemática, de agrimensura, técnicas avançadas de plantio etc. Além disso, tinham uma facilidade maior para aprender o português. Esses eram chamados de "negros malês" e costumavam custar mais de cinco vezes o preço de um escravo "normal". Como custavam muito caro, eram tratados a pão-de-ló. Não dormiam na senzala, mas sim na casa grande e, de uma maneira geral (até porque aprendiam português mais rápido do que os outros negros) tinham mais proximidade com a família do dono das terras (tomando as fazendas como unidades de produção, os negros malês ocupavam cargos que hoje seriam chamados de "gerentes"). Esses negros, cientes de sua superioridade cultural em relação aos negros ignorantes (a grande maioria saídos do subsolo das pirâmides sociais das tribos e reinos da África), costumavam praticar a discriminação contra os outros negros (isso mostra o quanto a prática da discriminação é natural do ser humano e não depende necessariamente de cor de pele). Ao mesmo tempo, era muito comum que os integrantes do topo das pirâmides sociais de certos reinos africanos viessem para o Brasil para estudar. Eram nobres e reis africanos que aqui eram tratados com toda reverência pela população local branca, a qual lhes atribuía o prestígio compatível com a posição social que eles ocupavam em sua terra natal.

No entanto, o grau de alienação imposto pela repetição dos mantras do politicamente correto é tão grande, que as pessoas passam a se basear em situações que não existem em nenhum lugar fora da cabeça delas para fazer inferências sobre a realidade atual. Por exemplo, certa feita eu estava em uma palestra sobre "negritude", cujo palestrantes era desses negros militontos (que usam camisa com motivos gráficos de uma cultura africana idealizada por brancos) e, com muita enfase e dispêndio de energia, ele bradava que a opção do Ministério da Educação de cobrar as línguas inglesa e espanhola como segunda língua do vestibular era fruto de um plano maquiavélico da elite branca para prejudicar os negros. Ele dizia ainda que os negros deveriam lutar para que tivessem a opção de serem cobrados, no lugar do inglês e espanhol, conhecimentos de iorubá (esse é o nome de um dos mais importantes dialetos que eram falados na África subsaariana quando do período da escravidão). Afora o evidente devaneio de que hoje há uma quantidade significativa de negros brasileiros capazes de se expressar em iorubá (situação que só existe na cabeça dele), eu tive que interromper a palestra para pedir que ele citasse somente UM ÚNICO livro de importância para a cultura mundial que tivesse sido escrito em iorubá, e do qual os negros seriam privados se não conhecessem tal idioma (dialeto). Diante da pergunta, o militonto gaguejou, balbuciou, fez cara de paisagem e mudou de assunto. Claro, nenhum livro (nem importante, nem desimportante) jamais foi escrito em iorubá, pelo simples motivo de que o iorubá era uma língua ÁGRAFA (mais tarde, o iorubá ganhou um sistema de notações gráficas baseado nos caracteres latinos herdado dos europeus. Mas o iorubá moderno, falado na Nigéria, no Tongo e no Benin é completamente diferente da língua falada pelos negros que vieram para o Brasil, que era a proposta defendida pelo militante). Esse episódio é muito ilustrativo do grau de devaneio da militância do movimento negro que coloca sua ideologia negrista acima da própria realdade factual.

Para finalizar, acredito que o que foi dito até aqui é suficiente pelo menos para começar a quebrar o gelo da mentalidade idiotizada construída pela desinformação e pelos agentes da agenda politicamente correta. Como se vê, a realidade é um milhão de vezes mais complexa do que a simplificação repetida ad nauseam pelo movimento negro e outros braços da esquerda, com o objetivo de colocar o povão ignorante em um transe hipnótico o qual eles possam explorar para alcançar poder político. Quando se entende como funciona o mecanismo que gera o racismo fica fácil notar que a ÚNICA atitude que se pode ter para que ele diminua é IGNORÁ-LO. Pessoas inteligentes, independente de cor da pele, percebem isso muito rápido. Acontece que a proposta de ignorar o racismo não pode ser aproveitada para gerar dividendos políticos. Assim, devemos nos preparar e manter sempre à mão uma cartela de Engov para tomarmos quando surgir à nossa frente um militante da ideologia negrista, defendendo agora não mais as cotas para negros, mas a reparação de uma dívida histórica inexistente através do lecionamento obrigatório na rede de ensino nacional do irorubá.



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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O racismo dos defensores dos direitos dos negros

Conforme era de se esperar, a postagem realizada ontem pela página, por ocasião do "Dia da consciência negra", suscitou a ira de vários internautas. Contudo, analisando os comentários dos que se mostravam revoltados com o conteúdo apresentado na imagem, é possível perceber que todos eles se baseiam em um mesmo pressuposto falacioso e, por conseguinte, incorrem nos mesmos erros de raciocínio. Restando evidente que, em comum a todos os que se indignaram e blasfemaram contra a postagem, há a baixíssima capacidade intelectual dos autores dos comentários (isso não é uma opinião minha, a baixa capacidade intelectual está EXPRESSA nas formulações e nos conteúdos dos comentários), uma vez que essas pessoas se dão ao luxo de escrever e publicar verdadeiros atestados de burrice sem nem mesmo ser capazes de se dar conta do que estão fazendo. 

Vou ilustrar minhas afirmações com as análises de alguns comentários. Comecemos: 


O comentário da senhora Dias é tão "jêgnial", que precisa ser dissecado ponto por ponto: 
01) "Cada (...) grupo social possui uma estrutura própria de classificação do mundo e significação da realidade".
Sério? E você percebeu isso sozinha? Já comunicou essa descoberta à sociedade científica? Sabia que isso pode lhe valer um Nobel?

Essa senhora realmente acha que pode emprestar veracidade à argumentação se iniciá-la com um lugar comum que enuncia o óbvio do óbvio???
02) "Assim, cada cultura produz seu sistema político, econômico..."
Nossa! Ninguém nunca tinha pensado nisso! 
03) "Se tribos organizaram seu espaço social escravizando, não vejo nenhuma novidade nisso".
Você não vê nenhuma novidade? Por que será? Será que é porque NÃO HÁ nenhuma novidade?
04) "E nem isso justifica a invasão violenta de outros grupos que se consideravam superiores [para] colonizar e dominar grupos que segundo os mesmos estavam em um grau inferior na escala evolutiva."
Depois de ocupar 3/4 do texto da resposta enunciando lugares comuns, quando ninguém mais esperava, aos 41 minutos do segundo tempo, a senhora Dias finalmente apresenta o que ela entende ser um argumento. Quem for capaz de realizar a leitura do enunciado livre dos cacoetes mentais impostos pela esquerda vai perceber de pronto o grau do ridículo no qual a colocação dessa senhora incorre. 

Quem não for, eu ajudo: quer dizer que "Se tribos organizaram seu espaço social escravizando, não vejo nenhuma novidade nisso", por outro lado "isso não justifica a invasão violenta de outros grupos". Ou seja: quando a ação de escravizar é realizada pelos grupos que ela considerou a priori como "os coitadinhos" (os grupos cujos indivíduos possuem a epiderme pigmentada com melanina) essa ação é adjetivada por essa senhora como "natural", "aceitável", "traço cultural", produto de um "sistema político", fruto de uma cosmovisão, reflexo de uma maneira própria de entender o mundo. Contudo, quando a MESMA ação de escravizar é realizada pelos grupos que ela considera a priori como "os algozes" (aqueles cujos indivíduos possuem epiderme com pouca melanina), então tal ação recebe a chancela de "injustificável". Perceba que a classificação como "algozes" ou "cotadinhos" NÃO é fruto do raciocínio, mas, ao contrário, é a partir dessa classificação PRÉVIA que nasce o raciocínio que ela deseja impor.

A cosmovisão e a forma de entender o mundo que servem de álibi e atenuante no primeiro caso não podem ser usadas pelo segundo caso. Por quê? Ora, porque no primeiro caso estamos analisando os bozinhos e no segundo caso, os malvadões. Entenderam? É simples: um raciocínio tautológico que fica dando voltas em torno de um tabu que não pode ser questionado "Africanos são puros, belos e angelicais. Europeus são malvadões, sanguinolentos e miseráveis". Lembrando que quando a pessoa (capaz de expressar um raciocínio completamente truncado como o que vai acima) vota, o voto dela tem o mesmo valor que o meu e o seu. Passemos para a análise de mais um comentário:


Vejam só! Tanto africanos quanto europeus guerreavam entre si e escravizavam tanto indivíduos de outros grupos étnicos, quanto seus próprios semelhantes (atributos fenotípicos similares). Nesse caso, qual acusação recai sobre os europeus? (Afinal, a senhora Alves precisa chegar à conclusão de que "europeus são malvadões" — algozes , pois ela precisa expressar a "openeão" dela na Internet, e a única que ela tem é aquele cacoete mental no qual foi adestrada para passar na prova do Enem). Como não há outra, vai essa mesmo: "os europeus eram mais avançados". Entenderam? Vamos repassar: O desejo de conduzir o raciocínio em determinada direção impõe à senhora Alves a necessidade de responder a questão: "De que os europeus são culpados?" A resposta dela: "De serem superiores".


A autora do comentário admite que é natural do ser humano se organizar em grupos e que é natural que esses grupos lutem por impor seu domínio uns sobre os outros. Assim, os grupos compostos de indivíduos cujas epidermes sejam coloridas por melanina podem agir "conforme é natural", mas os grupos cujos indivíduos padecem da mutação genética que lhes atribui pouca melanina NÃO possuem o mesmo direito. Por que uns tem o direito de proceder conforme é natural e outros não? Porque esse direito é atribuído pela senhora Alves apenas para os que ela considera como "coitadinhos".


O texto não diz nada disso. A palavra "mano" é uma crítica aos chamados "movimentos negros" que querem impor um coletivismo forçado a indivíduos que nada tem a ver uns com os outros além de uma característica biológica que é completamente fruto do acaso, a pele pigmentada por melanina. 


A peça mostra exatamente o contrário do que ela entendeu (Paulo Freire dá pulos de alegria no inferno cada vez que um brasileiro consegue ler, mas não consegue entender o que leu). A peça prova que não existem errados, nem certos, nessa história, simplesmente porque cada grupo procedeu conforme a mentalidade que reinava na época considerava certa. Africanos e europeus consideravam certo escravizar e, dessa forma, africanos e europeus escravizavam. É você e seu grupo que quer incorrer em anacronismo para recontar a História a partir de uma mentalidade que temos hoje, quando finalmente há o consenso reinante de escravizar quem quer que seja é errado. Você está julgando o comportamento dos europeus pelos padrões morais atuais, os quais inexistiam na época em que as atitudes foram tomadas. Claro que esse é um raciocínio eminentemente asqueroso, mas você não se importa com isso porque você sabe que quanto mais pessoas "comprarem" a falácia que você quer impor, mais esmolas e vantagens você vai receber do governo.

Prossigamos nas análises:


Igor França, de que forma as tribos em questão poderiam ser capazes de usar o critério da cor da pele, se tanto as tribos vencedoras quanto as que perdiam as guerras eram formadas de indivíduos com a MESMA COR DE PELE??? O infeliz ainda tem a pachorra de terminar a intervenção dele com a máxima: "Todo debate é válido, desde que os fatos não sejam manipulados descaradamente".

Analisem com cuidado até chegar ao elemento que quer ser apresentado como argumento em todas as intervenções que foram destacadas acima, ou mesmo nas outras intervenções que se colocavam contra a postagem da página. Que elemento é esse? Esse elemento é a ideia de que brancos e negros não podem ser julgados pelos mesmos parâmetros, mas devem existir parâmetros especiais para analisar o comportamento dos grupos cujos integrantes tenham a pele pigmentada com melanina. De onde nasce a necessidade de criar parâmetros próprios, senão da crença subjacente que negros compõem, digamos assim, um grupo humano "café-com-leite", ou seja, um grupo humano que não pode ser tratado com o mesmo rigor que os grupos humanos compostos de pessoas de pele clara? E por que não podem ser tratados com o mesmo rigor? Essas pessoas acreditam (embora não tenham coragem para enunciar) que negros não dispõem da mesma inteligência, nem da mesma capacidade, que os outros grupos humanos. Não há outra explicação possível. Inclusive a senhora Alves chegou a verbalizar isso ao acusar os europeus de serem "avançados". Esse é o raciocínio que quer justificar a política de cotas. Se um jovem é pobre e branco, ele pode estudar e concorrer em pé de igualdade com os ricos, desde que se esforce um pouco mais. Mas se um jovem é negro, ele não pode dispor de capacidade própria para concorrer de igual para igual com outros seres humanos! Afinal, ele é... negro. Não existe racismo maior do que o próprio ato de entender que a  hipossuficiência de alguém no ambiente social é derivada da cor de sua pele. Quem quer que livre a mente dos cacoetes impostos pelo chamado "politicamente correto" vai ser capaz de perceber que os maiores racistas são exatamente aqueles que se dizem a favor dos "direitos dos negros".
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