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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

No Brasil de Paulo Freire, até comediante tem "openeão"

Eita que o Brasil é mesmo a terra da "openeão"! O comediante Gregório Duvivier, que vem fazendo sucesso na internet com os vídeos do grupo "Pota dos Fundos", após publicar um texto em sua coluna no Folha de São Paulo, com o nome de "Partido novo do Estado mínimo" (texto permeado de uma ironia tão desprovida de graça e de sentido, que chega a ser surpreendente o fato de que seu autor tenha se disposto a assiná-lo tão assim na maior sem cerimônia), recebeu uma chuva de críticas, o que o levou a soltar no seu perfil no Facebook:
"A coluna de hoje tem suscitado a revolta dos que não entenderam, a revolta dos que entenderam e se sentiram ofendidos, e muitas perguntas sobre minha real opinião sobre o assunto. Aí vai: acho nobre o surgimento de um partido sem "caciques políticos", isto é, que surja unicamente da vontade popular, como é o caso do Partido Novo. No entanto, não concordo com os ideais utilizados, nem com os padrinhos adotados. Não concordo com o Constantino, com o Von Mises, não concordo com o conceito de Estado Mínimo - e acho que nesse aspecto o partido novo é velho. Sou a favor de um estado presente, não só na saúde e na educação, mas na cultura e no mercado. Isso não significa que eu seja marxista, stalinista, petista ou lulista. Significa simplesmente que ainda acredito na necessidade do Estado fomentar, proteger, intervir. Sonho com mais projetos culturais incentivados pelo governo, mais escolas, mais teatros e hospitais públicos, e de melhor qualidade, mesmo que isso signifique mais impostos. Talvez o velho seja eu, já que o liberalismo e o libertarianismo estão "super em voga". A vantagem é que eles pregam a liberdade de expressão e nisso a gente concorda. Então, pelo menos, discordem educadamente, senão fica contraditório"
Todo mundo tem direito de ter a opinião que quiser, sobre o que quer que seja. Contudo, imagina-se que alguém que tenha um espaço midiático do quilate de uma coluna em um dos jornais mais relevantes do Brasil deva, necessariamente, ser minimamente formado sobre o assunto o qual se arvora a versar. Mas o sócio construtivismo e o paulofreirismo que assolam o sistema de "encino" brasileiro convenceram em massa que esse negócio de conhecer o assunto antes de meter o bedelho não passa de uma firula burguesa para oprimir a massa de excluídos que não desenvolveram aptidões intelectuais e olham para livros como quem olha para um animal exótico, assustador e perigoso.

Que frasezinha mais infeliz (!!!!): "Não concordo com o (...) (!!!!) Chega a dar desânimo em ter que explicar o que há de errado com tal colocação, mas, se ele se meteu nesse vexame tão grande, é porque não foi capaz de se dar conta da situação, então precisa de uma ajudinha:

Querido Gregório Duvivier, você tem o direito de concordar ou discordar de quem e do que você bem entender e compartilhar suas impressões subjetivas (e subjetivistas) com seus relacionamentos de fórum pessoal. Contudo, fazer o que você fez (compartilhar impressões subjetivistas em uma coluna de um jornal de grande circulação, sobretudo fazendo um uso tão vagabundo da figura de linguagem da ironia) é passar um atestado de burrice. Você é BURRO, Gregório! Não há outra palavra para significar o que você fez. Como base em que você "desconcorda" com os autores citados? Rodrigo Constantino pode ser um economista lúcido ou pode ser um péssimo economista (não vou entrar nesse meandro), MAS ELE É UM ECONOMISTA. E você é o que, além de um comediante que foi catapultado à fama por conta de uma febre momentânea?

Aqui faz-se necessário um parentese, pois sei que tem muito esquerdista lendo meu texto e a corja vai me fazer uma acusação bem previsível, se eu não explicitar um ponto que para um direitista é auto evidente, mas que os esquerdistas não entendem nem que se lhes desenhem. Quando eu digo que Rodrigo Constantino é um economista, eu não estou dizendo que ele o seja por que tem um documento carimbado pelo méqui no qual está escrito "economista" (pedaço de papel que exerce sobre esquerdistas um fetiche que beira o erotismo). O que torna Rodrigo Constantino economista é a figura pública dele, os livros que ele tem editados, as dezenas de vídeos com explicações, pontos de vista e comentários, que ele gravou e publicou no Youtube, o blog pessoal que ele alimentava com regularidade e dedicação antes de ser contratado pela Veja e, agora, a coluna que ele finalmente alcançou na revista mais importante do país. 

Dito de outra forma: o que torna Rodrigo Constantino ECONOMISTA não é o diploma, mas o CURRÍCULO PRÁTICO, todas as ações que ele fez no curso da vida e que são reconhecidas PUBLICAMENTE por qualquer um que tenha um interesse mínimo pelo tema. Em que pese o curso universitário poder ter (e provavelmente o fez) ajudado Constantino a alcançar o grau de entendimento que ele hoje exerce sobre esse campo de conhecimento humano, não é a conclusão do curso em si que dá autoridade a Rodrigo. Essa autoridade ele conquistou POR SI MESMO.

E você, Gregório? Qual currículo você nos apresenta para dar relevância à sua discordância? Quantas edições de sua coluna no Folha de São Paulo já foram dedicadas a expor seu amplo embasamento sobre economia??? Não concorda com Von Mises? Que tal refutá-lo? Antes precisaria ter lido pelo menos UM ÚNICO LIVRO dele. Qual você já leu? Comece por um que seja mais fininho. Se souber ler em inglês (se tiver tido a sorte de ter nascido em uma família que não tenha sido tão massacrada pelas políticas intervencionistas dos governos republicanos, com certeza você sabe ler em inglês), talvez você encontre algum livro publicado no (vastíssimo) mercado editorial americano parecido com alguma coisa do tipo "Mises for Dummies". Refutar um autor tendo lido apenas "for dummies version" de uma das obras dele, com certeza, seria um vexame imensurável, mas ainda menor do que discordar do que não conhece e não entende, sem apresentar nenhum currículo, muito menos uma coisinha mera e insignificante que poucos brasileiros conhecem: UM ARGUMENTO.

É muito fácil dizer "não concordo com fulano" ou "não concordo com isso". Qualquer aluno do ensino fundamento paulofreire-mequiano tem essas frases na ponta da língua. Difícil é reunir os atributos que tornam tal discordância SOCIALMENTE RELEVANTE (ou seja, desperte o interesse em sua opinião de mais alguém além de sua avó). Abaixo do texto dele no site da Folha, pode-se ler as críticas que o levaram a fazer o mea culpa no Facebook. Mas, entre elas, não há NENHUMA que aponte o fato de que ele é apenas um ZÉ NINGUÉM ululando (para usar um termo que agradou um de meus leitores) a própria ignorância. Há um velho ditado que diz: "em terra de cego, quem tem um olho é rei". No Brasil atual a situação anda bem outra: é uma terra de cegos, é bem verdade, mas cegos que só conseguem se reconhecer em seus semelhantes, de tal sorte que quanto mais cego, mais alto será elevado pelas massas.
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Estratégia esquerdista do beco sem saída

Uma das condições sine qua non para que alguém se torne esquerdista é a crença subjacente de que todo o resto da humanidade é tão desprovido de inteligência quanto ele próprio. Por causa dessa crença, frequentemente os esquerdistas se expõem a um grau de ridículo que faria qualquer pessoa com mais de dois neurônios em funcionamento enfiar a cabeça no chão, como um avestruz, se fosse submetido à uma situação semelhante. O esquerdista, contudo, totalmente desprovido de discernimento  coloca a si próprio nessas situações vexatórias e, como se não fosse insânia suficiente, ainda sai cantando vitória.


No comentário acima (clique aqui para vê-lo no Facebook e aqui para ir até o perfil da autora da pérola), vemos uma das estratégias clássicas que a esquerda usa para atuar no que eles entendem ser o "debate político". O procedimento consiste em ofender e, em seguida, dar a entender que rejeitar a ofensa (por exemplo, apagando-a) é censura, criando assim um "beco sem saída", no qual o oponente se prejudicaria em qualquer decisão que tomasse (Seria obrigado a publicizar uma ofensa lançada contra si mesmo, ou ser taxado de "censurador"). É claro que tal expediente não passa de uma falácia que consiste na deturpação da ideia de censura, 

Esse tipo de misancene só enche os olhos dos pares deles, todos acometidos de diversos graus de disfunções cerebrais. A censura é uma instância que só pode ser exercida em ambientes nos quais TODOS devem ter direito de expor suas ideias — inclusive, de ofender — ou seja, ambientes PÚBLICOS. Não obstante, se eu determino que “pessoas que me ofenderem dentro da minha casa serão convidadas as se retirar”, não estou estabelecendo nenhum tipo de censura, mas apenas exercendo meu direito de determinar como alguém pode ser referir à minha pessoa no espaço dentro dos limites da minha propriedade privada. 

Da mesma forma, todos os meios de comunicação que não são concessões do Estado são regidos apenas pelas regras relativas à propriedade privada, não havendo NENHUMA obrigação de seus criadores/promotores de aceitar colocações que julguem descabidas. A fanpage "Meu professor de História mentiu pra mim" no Facebook é uma das extensões do projeto "Meu professor de História mentiu pra mim", um projeto que não recebe NENHUM dinheiro do governo (muito menos de instituições ligadas ao governo) e divulga suas ideias apenas em empresas de comunicação TOTALMENTE PRIVADAS, como é o caso do Blogspot (empresa que pertence ao grupo Google), do Facebook, do Twitter, do Kippt, etc. Portanto, se por um lado defendemos a liberdade e a liberdade de expressão — inclusive para a ofensa e para as ideias com as quais não concordamos — , por outro lado não temos NENHUMA obrigação de servir de suporte para ofensas dirigidas contra nós, nem dar voz às ideias com as quais não concordamos (Esquerdistas, será que vocês são tão burros e incompetentes que precisam de mim até para promover o ódio contra mim????)

Cada um que crie os canais necessários para divulgar e promover as ideias que defendem. Se não tiverem capacidade para fazê-lo, simplesmente não tem direito à voz, porque o direito não pode ser visto como a obrigação de terceiros em lhe dar aquilo que você não condição de alcançar por si mesmo. É claro que exigir de um esquerdista que ele saiba o que é "direito" é o mesmo que tentar exigir de um cego que ele diga de que cor é a parede que está diante dele: por definição, se a pessoa em questão fosse capaz de entender minimamente os conceitos em funcionamento no mundo que a cerca, perceberia quão ridículas e descabidas são as ideias da esquerda e, dessa forma, não seria um esquerdista.

Ao mesmo tempo, não esperamos que esse texto faça os esquerdistas pararem de acusar a página de "censuradora". Sabemos que os conceitos e as explicações aqui expressas sobre "censura" e "direito de poder sobre a propriedade" estão muito além da capacidade intelectiva dessas criaturas. Esta postagem visa apenas expor os meios SÓRDIDOS que essas pessoas lançam mão (não me refiro à ofensa em si, mas à falácia que visa justificar a manutenção da ofensa sob a égide de que sua retirada deixe caber as acusações de “censurador” e “anti-democrático”).
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