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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Breno Altman, o bufão que tomou uma mijada

Se você não acomanhou a polêmica, leia o artigo inicial de Breno (http://goo.gl/2Fwjox), a réplica de Olavo (http://goo.gl/ugzHsD) e a tréplica (perdoe o abuso da hipérbole) de Breno (http://goo.gl/dbZWT3)

Não perco tempo lendo essas abobrinhas que o Opera Mundi publica, mas dada a repercussão gerada pelo embate entre Breno e Olavo, fui ler alguns textos desse tal Breno. O estilo dele é o padrão desses blogs pagos com dinheiro público para fazer apologia ao governo: carência total de argumentação, linguagem confusa e pouco expressiva, cujo objetivo é apenas gerar o "gatilho emocional" nos leitores que, por serem pouco escolarizados e não possuírem noções dos conceitos em política, reagem como marionetes a expressões sem sentido como "liberal-fascista" (alguma coisa tão significativa quanto fogo úmido) e, acima de tudo, um vocabulário próprio de uma criança em fase de alfabetização (salvo as palavras cujo significado os leitores desse blog desconhecem completamente e que são usadas de forma completamente deturpada exatamente para provocar as reações emocionais as quais já citei, a exemplo de "fascismo"). 

Para minha surpresa, após tomar uma MIJADA de Olavo de Carvalho, que respondeu a um "texto" completamente desprovido de sentido com um artigo no qual aponta os pés-de-barro do tal "texto" (ou melhor, um emaranhado de palavras), eis que ressurge esse Breno, agora com o outro emaranhado de palavras, igualmente sem sentido. Mas o engraçado é que, para se sentir à altura de Olavo de Carvalho, dessa vez ele redigiu seus disparates com a ajuda de dicionário, enriquecendo substancialmente seu vocabulário em relação a "textos" anteriores: trânsfuga, lupanário, súcia, cizânia.

Contudo, se a forma ganhou adornos, o conteúdo continua a mesma favela intelectual de sempre: mais uma vez ele não trouxe argumentos, não respondeu aos pontos colocados por Olavo de Carvalho (além de não ter tocado na questão que, ao meu ver é a mais desconsertante: se é a "burguesia" que reage ao Foro de São Paulo, por que não se vê essa reação na "grande mídia" -- que é controlada pela burguesia -- mas sim em meios de comunicação desprovidos de orçamento, tais quais blogs pessoais???). Pelo contrário, reincidiu nas mesmas bobagens sem sentido que já tinha dito antes, talvez na esperança de que a repetição oculte a ausência de conteúdo de seu "pensamento":
"Navegam na cultura política gerada pela máquina de comunicação do pensamento conservador". 
Que "máquina de comunicação" é essa, Breno? Acaso o Opera Mundi, que pertence a um dos maiores grupos editorias do país (o Grupo Folha) integra essa "Máquina de comunicação", ou só são as blogs pessoais e as páginas criadas no Facebook por amadores que não ganham um centavo para promover um debate político limpo e com conteúdo, diferente daquele gerado pelos "jornalistas a soldo" pagos com o dinheiro público para atuar nas trincheiras da guerrilha ontológica fazendo apologia do totalitarismo que se aplaca sobre o Brasil????

Ao contrário do texto de Olavo, cujo encadeamento de sentidos cria uma coerência interna que torna evidente a sinceridade do autor, o texto de Breno traz apenas adjetivações vazias ("lobo mais boçal da alcateia", "o degenerado Carvalho"), e repetições do mesmo pensamento em formulações diferentes: O segundo parágrafo começa com
"O único propósito deste filósofo de bordel é semear intolerância e ódio contra ideias, organizações e vozes do campo progressista", 
mas talvez os leitores do blog dele sejam demasiados desatentos então não custa reforçar, no quarto parágrafo ele repete:
"O degenerado Carvalho, porém, é representativo de valores e métodos das forças de direita. Mentiroso contumaz, atua como menestrel a animar suas hordas contra a democracia e a esquerda." 
E, acaso haja ainda quem não tenha entendido, o sétimo paragrafo é todo ele a mesma ideia (inclusive com a repetição da qualificação de "degenerado" para Olavo, o que demonstra que nem sempre escrever um texto com um dicionário na mão esconde a pobreza de vocabulário):
"O degenerado Carvalho tem saudades dos tempos da tortura e do desaparecimento, das prisões e assassinatos. Suas infâmias pueris para criminalizar o Foro de São Paulo evidenciam seus pendores, mas também denunciam desespero diante do avanço das correntes progressistas por toda a América Latina".
Enfim, sites como Opera Mundi só estão no ar, porque os 40 anos de deseducação (cujo patrono é Paulo Freire) transformou o brasileiro médio em analfabeto funcional: ele até é capaz de juntar as letras e formar as palavras, mas é em absoluto incapaz de juntar as palavras e compreender os conceitos que o texto expressa ou tenta expressar.