O “pensamento” esquerdista é
baseado em mentiras e/ou deturpações dos fatos. E isso é muito fácil de comprovar.
Mas, no calor de um debate, alguém pode ser iludido pela prestidigitação
esquerdista, cuja força reside em ser mais rápido do que o raciocínio do opositor.
Quando se conhece previamente as trapaças argumentativas, torna-se imune a
elas. Assim, a partir dessa postagem, vou fazer um trabalho de listar os
principais truques que a mente esquerdista usa para justificar o
injustificável. A medida que os expedientes forem sendo usados na página,
explico-os aqui.
Esse truque consiste em inverter
a denúncia feita sobre a esquerda. Para ficar mais claro, veja a imagem abaixo:
Imagem A |
A imagem representa com perfeição uma das principais denúncias que são feitas ao esquerdismo: a de que a esquerda,
através da ala “defensores dos direitos humanos”, se preocupa mais com os
meliantes do que com suas vítimas. Trata-se e uma denúncia altamente pertinente,
que não pode ser refutada. Um exemplo disso é o chamado julgamento do Massacre
Carandiru. Em 1992, um grupo de policiais foi acionado para conter um motim
dentro de um presidio que se chamava “Carandiru”. Durante a ação, os policiais foram
obrigados a abrir fogo para defender suas próprias vidas. Pronto: os
esquerdistas foram para cima, como urubus na carniça, acusando os policiais de
terem “ceifado a vidas de pobres presos indefesos”. O caso foi levado à justiça
e o julgamento só veio a acontecer agora, em 2013. A maioria dos policiais foi
condenada pelos juízes que julgaram o caso (nenhum deles jamais entrou em um presídio para conter uma rebelião
de bandidos). A mídia terminou o linchamento moral dos policiais, retratando-os
como carrascos. Esse é o pagamento que a sociedade brasileira dá a quem segue a
nobre profissão de policial, que consiste em nada menos do que por a própria vida
em risco para defender a vida dos demais. Ninguém se questiona sobre o medo que
os policiais sentiram. Ninguém toca no assunto de que, sob condições extremas,
o ser humano deixa a racionalidade de lado e age por instinto. O raciocínio é
bem simples: como foram os presos que morreram e os policiais que mataram,
então os policiais são “do mal” e os presos eram “do bem”. O ponto é que os
policiais só foram obrigados a agir porque os presos fizeram uma rebelião. Se
tivessem seguidos as regras do confinamento e tivessem se comportado durante
o cumprimento da pena, nenhuma rebelião teria acontecido, nenhum policial teria
invadido o presídio e todos eles estariam vivos agora. Mas essa parte anterior
da equação é suprimida e a atenção é voltada completamente para a REAÇÃO dos
policiais, sem jamais levar em conta a ação que causou tal reação.
Assim, a acusação de que esses grupos
dos “Direitos Humanos” (jocosamente chamados de “Direitos dos Manos”) ignoram os direitos humanos das vítimas e dos policiais que lidam com a bandidagem se
propagam nas redes sociais em imagens como a que aparece acima. Como o argumento se baseia em fatos amplamente conhecidos não é possível refutá-lo, mas é possível
fazer a alegação contrária, na esperança de que as duas se anulem. Assim, a
esquerda organizada injeta nas redes sociais memes que seguem a linha desse
aqui:
Imagem B |
A peça acima se baseia na ideia amplamente difundida pela esquerda de que os agentes de mídia (jornalistas, editores, apresentadores) são pagos para defender os interesses dos seus patrões. A mídia estaria ocultando a violência cometida pelos policiais contra os manifestantes e mostrando apenas a violência cometida pelos manifestantes contra a propriedade privada (e não a toa a propriedade que aparece depredada na charge é um banco). Essa alegação por si só é inverídica. Sobretudo no Brasil, a mídia possui tradição esquerdista. Inicialmente por conta da reação da imprensa à censura estabelecida pelo governo militar. Depois disso, os jornalistas que foram entrando no mercado de trabalho foram formados, sobretudo, em universidades federais, que a essa altura já estavam dominadas pelo pensamento de Antonio Gramsci. Tanto é assim, que a cobertura da grande mídia sobre as manifestações de junho de 2013 foi sempre favorável aos manifestantes, afirmando a cada 30 segundos que os atos de vandalismo eram praticados por uma “pequena minoria”.
Mas vamos retornar à imagem em si. Qualquer um que não esteja com a mente emperrada pelos clichés esquerdistas consegue identificar facilmente de que forma a imagem pretende iludir o incauto. No caso da imagem A, houve um fato (um homicídio) e uma reação (a retenção do assassino). A opinião pública desconhece o que foi cometido pelo retido e acusa os policiais de tratarem-no com brutalidade (sendo que a verdadeira brutalidade é o assassinato). A imagem B simplesmente não faz o menor sentido, porque os policiais não entraram na casa de ninguém para atirar spray de pimenta em cidadãos que estavam respeitando o Estado Democrático de Direito. Se os policiais foram obrigados a usar a força, tal foi uma REAÇÃO. NADA justifica a depredação da propriedade alheia, nem do patrimônio público. Não é destruindo praças e vidraças de bancos que a sociedade vai passar a ser mais justa, harmoniosa e próspera. Quem quebra o pacto da não agressão concede ao Estado, que detém o monopólio do uso da força, a permissão de agir para conter o agressor.
As duas imagens acima retratam formas opostas de ver a reação da opinião pública em relação a ação policial. Uma delas se baseia em fatos que ocorrem com regularidade, a outra tenta deturpar o fato retratado fazendo uso de clichés que não resistem a uma inteligência relativamente esperta.